27/06/2023 às 15h29min - Atualizada em 28/06/2023 às 04h00min

Com o aumento de roubo de celulares em mais de 30% em 2022, biometria de voz pode ajudar a prevenir fraudes em aplicativos

Por meio da voz, Minds Digital precisa de até 1 segundo autenticar usuários e evitar fraudes no setor dos bancos, fintechs, seguradoras, telecom e e-commerce

SALA DA NOTÍCIA Ana Clara Hauy

O ano de 2022 foi marcado por uma alarmante escalada no número de roubos e furtos de celulares no estado de São Paulo, segundo levantamento do Departamento de Economia do Crime da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP). Ao todo, foram registrados 65.704 boletins de ocorrência de roubo, com uma crescente de 34,81%, em relação a 2021. Já os furtos, foram 51.115 ocorrências, com um crescimento de 54,6% em comparação ao ano de 2021, indicando um aumento significativo na criminalidade relacionada a este tipo de golpe. 


Esse cenário traz à tona a importância de ficar de olho nas tentativas de fraudes. Elas são bem-sucedidas especialmente em aparelhos sem senha ou sem uso de biometria, mas também podem acontecer quando o usuário utiliza senhas com padrões fáceis de serem descobertos. Depois do desbloqueio, os fraudadores realizam uma busca no aparelho para encontrar informações que possam ajudá-los a descobrir a senha dos aplicativos. 

Segundo Marcelo Peixoto, CEO da Minds Digital, Voice IDTech pioneira em biometria de voz no Brasil, que já evitou mais de R$ 40 milhões em fraudes, as fraudes em aplicativos acontecem majoritariamente em dois momentos: no processo de abertura de contas e na realização de transações, como pagamentos e transferências.  “Com tantos vazamentos de dados pessoais, fica difícil saber quais das nossas informações estão disponíveis online ou na deep web. Nome completo, data de nascimento, endereço, CPF. Se vazados, esses dados podem ser facilmente encontrados por fraudadores. Com essas informações, por exemplo, é possível cometer fraude de identidade na abertura de contas bancárias em diferentes instituições. Então, podem solicitar empréstimos e cartões de crédito ou podem usar as contas para apoiar outras ações criminosas, como golpes usando Pix. Lembrando que, hoje nós temos diversos tipos de apps e todos eles estão sujeitos a fraude”, explica Peixoto. 

Para facilitar o entendimento o CEO deu um exemplo. "Vamos supor que um fraudador, que vamos chamar de João, já tem sua voz na nossa base de vozes de fraudadores, a Inteligência Artificial irá alertar sobre a tentativa de fraude no momento em que João tentar se passar pelo Antônio, a vítima. A nossa experiência na prevenção de fraudes por voz já mostrou que uma mesma pessoa faz várias tentativas de cadastro em nomes diferentes. É nesse momento que a Inteligência Artificial é capaz de desarticular a fraude: ainda que João, o fraudador, tente abrir uma conta falsa no nome de Antônio, ele não será capaz de fazer isso, pois o sistema pode acusar que aquela voz está envolvida em outras transações suspeitas ”, completa.

As fraudes cometidas via aplicativos podem acontecer tanto em decorrência de roubo ou furto de celular, como por mecanismos de engenharia social. Nos dois cenários, caso exista também uma validação por biometria de voz, o fraudador não será capaz de completar a transação. 

Além dos celulares de uso pessoal, as biometrias vem ganhando mais destaque no mundo dos negócios também. “Com o auxílio da biometria de voz nós ajudamos empresas e pessoas a se prevenir contra fraudes, nosso objetivo é manter o ecossistema antifraude cada vez mais seguro. Estamos concentrados em desenvolver a melhor biometria de voz do Brasil, para isso aprimoramos nossas soluções diariamente e queremos que o mercado conheça como funciona o cadastro e a autenticação de clientes pela voz”, explica o CEO  da Minds Digital, Marcelo Peixoto.


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