Gestão profissional se solidifica como diferencial para alavancar carreiras esportivas

No próximo dia 19 é comemorado o Dia Nacional do Futebol, esporte que segue como o mais popular do Brasil e principal mercado nacional para gestores profissionais de carreiras esportivas. Na cena internacional, modalidades como basquete, vôlei, natação, futebol norte-americano e artes marciais (principalmente UFC), também apresentam alta demanda de gestores esportivos, conforme revela Stephanie Figer, agente FIFA (Federação Internacional de Futebol) e professora de Gestão de Carreira do curso de MBA de Gestão do Esporte, da Fundace (Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia, da FEA-RP/USP).

O trabalho - tão intenso quanto o dos jogadores em campo, quadras e piscinas -, é focado no desenho do plano de carreira do atleta, condensando metas e objetivos com apoio de psicólogos, preparadores físicos, nutricionistas, advogados e assessores de imprensa. “O diferencial da gestão profissional de carreiras esportivas é dar tranquilidade ao atleta, que não precisa se expor nas negociações com o clube, de qualquer ordem, minimizando as preocupações extracampo para se concentrar somente em seu trabalho como jogador”, explica Stephanie Figer.

Além disso, o pacote de serviços prestados por gestores e agentes esportivos especializados vão “da zaga ao ataque”: assessoria, consultoria e gerenciamento de atividades, representação do atleta junto a terceiros, no Brasil e no exterior, discussão, negociação, renovação, alteração, elaboração e formatação de contratos, tanto de trabalho direto como de imagem e patrocínios. “Especialmente no futebol, a atuação do gestor de carreira e do agente do atleta se complementam. O primeiro atua em equipe, com planejamento e orientação. O segundo é atento às conexões com clubes, patrocinadores e mídia e às oportunidades do mercado para alavancar o trabalho de seu agenciado”, sublinha a agente FIFA.

Bola em jogo
Na dinâmica do futebol, o cenário começa a ficar mais competitivo para atletas a partir de 16 anos, momento onde as oportunidades começam a surgir. Embora ainda não haja, nesta fase, toda a demanda de gestão vivenciada pelos jogadores de alto rendimento, a profissionalização da condução da carreira pode ser aplicada às categorias de base e ter uma construção bem completa do trabalho.

Independentemente se o esporte é individual ou coletivo, a gestão de carreira é feita de forma unitária. “Cada atleta deve e pode ter um agente e eles podem gerir a carreira de jogadores do mesmo clube. Porém, é um trabalho individual e personalizado, considerando as características específicas de cada um”, pontua a professora Stephanie Figer.
 
Profissionalização
Apesar dos mais de 60 anos de presença junto a clubes de elite do futebol brasileiro, a gestão profissional para atletas, de maneira geral, tem experimentando grande expansão, com busca crescente por formação específica em centros de ensino de referência no país. Especialmente após a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Brasil, o ambiente esportivo nacional foi aquecido e tornou-se mais exigente em relação ao gerenciamento de equipes e carreiras. 

Para atuação no futebol, por exemplo, os gestores de carreira precisam ser cadastrados na FIFA, conquista efetivada somente mediante o cumprimento de diversos requisitos, como prova de conhecimentos sobre os regulamentos da entidade e documentação pessoal analisada e aprovada pela Federação. “Isso garante maior segurança ao atleta na contratação desse trabalho. Por isso, a formação técnica é fundamental para quem pretende ingressar nesse mercado”, finaliza Stephanie Figer.

Especialização em Gestão do Esporte
A Fundace - Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração oferece o MBA EAD Gestão do Esporte, que desenvolve capacidades e habilidades para atuação na gestão esportiva e, complementarmente, analisar as mudanças estruturais e processuais que as organizações esportivas precisam implementar para tornarem-se mais eficientes no gerenciamento de relacionamentos com o mercado. A próxima turma tem início no dia 23 de outubro. O curso oferece certificado da USP, com um total de 420 horas, com aulas semanais on-line, toda segunda-feira, das 20 às 22 horas.

Sobre a Fundace
A Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace) é uma entidade sem fins lucrativos criada em 1995, vinculada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEA-RP USP). Seu objetivo é promover pesquisas e desenvolvimento nas áreas de Administração, Contabilidade e Economia, buscando contribuir para o crescimento econômico e social do país.

A Fundace conta com uma equipe qualificada de professores, pesquisadores e consultores, que combinam a sólida formação acadêmica com a experiência prática de mercado, organizando os recursos de conhecimentos gerados por professores e pesquisadores da FEA-RP USP. 

A instituição também executa serviços de consultoria especializada para atender às demandas da sociedade e de organizações públicas e privadas em geral, interessadas em práticas modernas e mais eficazes de gestão. Entre os setores que contam com a expertise empregada pela Fundace estão projetos ligados ao saneamento e a resíduos sólidos, avaliação de investimentos, elaboração de modelos de concessão e PPP (Parceria Público Privada) e treinamento para o setor público.

Congrega um pool inovador de cursos de especialização e qualificação, prestação de serviços, bem como extensão e soluções empresariais e para gestão pública. Já foram oferecidos diversos cursos de MBA em áreas de nas áreas de administração pública e empresarial, economia, contabilidade, finanças, marketing, entre outros. Atualmente, são ofertados cerca de 12 cursos por semestre nas modalidades presencial e on-line.

Ao longo de sua trajetória de quase 30 anos, a Fundace tem contribuído significativamente para o avanço do conhecimento nas esferas administrativas, contábeis e econômicas, além de prestar relevantes serviços às comunidades empresarial e acadêmica brasileiras.