Uma das consequências da era digital e das mídias sociais foi a de criar especialistas instantâneos nos mais variados assuntos, além de vários modismos sem significativa utilidade. Um exemplo, que se tornou um clichê é a publicação de textos sobre IA (Inteligência Artificial) e ao final mencionar que o conteúdo foi escrito pelo ChatGPT ou outro tipo de boot, isso para demonstrar que já nos confundimos entre a produção humana e a da IA. Pois bem, este texto tem autor, é original, e não tem nenhuma contribuição de IA, é um texto à moda antiga, como faziam incas e maias. Também é dotado de forma antiga o conceito de especialista, como sendo alguém que estudou, graduou-se em determinada matéria, aperfeiçoou-se até se especializar no tema. Necessário esclarecer tal ponto, em um momento em que, em uma semana temos milhares de especialistas em julgamentos judiciais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ou do STF (Supremo Tribunal Federal) e na semana seguinte esses mesmos opinadores se tornam especialistas em geopolítica do Leste Europeu.
Nada contra opiniões aleatórias, todos têm o direito de se expressar. Mas, que não se dê o peso de especialista a uma opinião baseada em achismos ou paixões. Nesse contexto, é importante esclarecer pontos importantes sobre a inteligência artificial, desfazendo mitos que vêm sendo repetidos à exaustão e confirmando aspectos verídicos.
Já vivemos a era da inteligência artificial, ela está presente em nosso dia a dia, seja quando realizamos uma pesquisa no Google, quando fazemos compras na Amazon, quando usamos Smart TVs, entre tantos outros exemplos que poderíamos mencionar. Ou seja, quando falamos que a IA irá ocupar nossos espaços no futuro, estamos diante da primeira inverdade, ela já está entre nós e se desenvolvendo rapidamente para termos em pouco tempo, por exemplo, carros autônomos e Metaverso.
Com ela presente, vamos analisar os pontos mais mencionados a seu respeito:
Resta evidente que a IA é uma realidade e estará cada vez mais presente na vida de todos. Em um cenário como este, a melhor resposta que se pode dar é estudar, usando as ferramentas de que se dispuser (desde vídeos gratuitos no Youtube e outras plataformas até cursos específicos para quem tenha condição) e se preparar. A informação educativa sempre é a melhor arma contra profecias exageradas de especialistas de fim de semana e contra golpistas.
Francisco Gomes Júnior - Advogado Especialista em Direito Digital. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). Autor da obra “Justiça sem Limites”. Instagram: @franciscogomesadv