21/07/2023 às 15h04min - Atualizada em 22/07/2023 às 00h00min

Cerca de 90% dos brasileiros são adeptos ao uso da biometria como autenticação

Pesquisa revelou que consumidores são receptivos ao uso de Inteligência Artificial como alternativa às senhas alfanuméricas

Naves Coelho
Freepik
Novas tecnologias não tem causado estranheza aos brasileiros quando o assunto é adentrar ao meio digital. Ao menos é o que aponta uma pesquisa da Visa, em parceria com a AYTM Market Research, que percebeu uma boa relação dos consumidores quanto a autenticação por biometria. Conforme os dados, cerca de 90% da população é receptiva ao uso destes sistemas.
Este estudo que confirma o interesse em adotar novas tecnologias biométricas e o quanto a modernidade é importante para o meio digital, especialmente referente as senhas. Conforme publicado, 85% dos participantes têm uma forte percepção de que a biometria é mais rápida que digitar uma senha. Outros 89% acreditam que usar esses sistemas é mais fácil de utilizar por conta da praticidade.
Outro ponto importante é que 46% acreditam que usar biometria pode ajudar a eliminar a necessidade de se lembrar de várias senhas. Considerando que ainda é uma tecnologia nova e que está começando a ser aplicada em diversos setores, isso demonstra que há um interesse crescente e oportunidades.

Engenheira de softwares e diretora-comercial da MOST, empresa provedora de soluções que apoiam processos de onboarding digital, Maria Cristina Diez explica que este contexto é uma nova realidade impossível de fugir. Para a especialista, integrar a tecnologia biométrica aos aplicativos é uma demanda que só faz crescer.
“Estamos nos tornando pessoas mais conectadas e globalizadas. A demanda por tecnologias que facilitam a adesão a este mundo virtual, consequentemente, também cresce. Dos aplicativos celulares a sistemas de portarias prediais, usar seu próprio rosto para ter acesso a um meio é muito mais prático e seguro do que usar uma senha. Isso é o futuro batendo em nossa porta e não tem como não o deixar entrar”, contextualiza.
Esse sistema de reconhecimento facial ao qual Maria Cristina se refere é capaz de utilizar pontos do rosto de uma pessoa como chave de segurança. Essa tecnologia biométrica é muito comum em telefones celulares, por exemplo, quando acessamos o dispositivo e alguns de seus aplicativos, especialmente os apps bancários.
“Esclarecendo melhor, essa tecnologia compara o rosto do usuário com a imagem do documento e caso exista semelhança em pontos faciais, por si só, a tecnologia identifica se trata da mesma pessoa. Além disso, esse método também é capaz de perceber se a pessoa está viva ou se a imagem não se trata de uma foto. Essa é uma barreira e tanto contra usuários que utilizam dados de terceiros de forma indevida. Na MOST, essas tecnologias chamam-se Face Match e Liveness”, explica.
Entre uma etapa e outra, outro ponto importante quanto tratamos novas tecnologias é a segurança. Ainda de acordo com a AYTM Market Research, quase metade dos brasileiros pesquisados, 48%, já percebe que a biometria é mais segura do que as senhas e 46%.
“Falar em segurança digital num mundo amplamente conectado tornou-se uma necessidade natural. E o próprio nível de conscientização do usuário é exemplo disso, a ponto de conviver pacificamente com os sistemas de proteção usados em diversos aplicativos do celular ou nos pontos de atendimento em locais que demandam o controle do fluxo de pessoas”, salienta Maria Cristina Diez.
“São muitas as ferramentas disponíveis quando se trata de segurança digital. Não por acaso, os investimentos neste setor crescem substancialmente a cada dia, modificando as experiências entre empresa e usuário e reduzindo os riscos de fraudes que acabam contaminando essa relação”, finaliza.
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